Por que o Honda Fit ainda é uma excelente escolha em 2025?

Se em algum momento você já pesquisou por um carro que fosse espaçoso, econômico, de boa confiabilidade mecânica e preço relativamente acessível, certamente já cogitou um Honda Fit. Um verdadeiro “canivete suíço” da Honda, este monovolume lançado no início dos anos 2000 agrega qualidades em um pacote que poucos rivais conseguem igualar. Descontinuado no Brasil em 2021, hoje você vai saber se ainda vale a pena apostar no Honda Fit (spoiler: sim! vale muito a pena).

A primeira geração do Honda Fit: o início de um sucesso

Lançado no Brasil em 2003 (lá se vão 22 anos!), o Honda Fit não demorou a cair no gosto do mercado. O design era arrojado, as dimensões compactas, mas o espaço interno era generoso. Tudo isso temperado com a boa fama da mecânica Honda, com um motor 1.4 de módicos 80 cavalos de potência, podendo ser equipado com transmissão automática do tipo CVT - um diferencial e tanto, já que naquela época as transmissões automáticas ainda eram item de luxo, equipando apenas os carros mais caros.

Por dentro, muita engenhosidade com o sistema de bancos “magic seat”, que permite reclinar os bancos traseiros de diferentes maneiras, além do banco do carona, fazendo do Fit um furgão capaz de transportar objetos compridos como uma prancha de surf, por exemplo.

Rivais do Honda Fit: Meriva e Idea não foram páreo

Seus rivais diretos eram os também monovolumes Chevrolet Meriva e Fiat Idea. Ambos, porém, não tinham opção de transmissão automática nem em suas versões mais caras, daí um pouco da explicação do sucesso do Fit no seu segmento. O Honda também era melhor de dirigir, com melhor relação desempenho/consumo de combustível e direção mais precisa, assistida eletronicamente, enquanto os rivais apostavam na direção hidráulica, mais pesada e menos refinada. No acabamento, havia certa equiparidade, com algum destaque até para o Fiat Idea, é bem verdade. Mas ambos não foram páreos para o Fit.

Segunda geração: evolução e robustez mecânica

Isso porque o Fit teve mais de uma geração, ao contrário dos rivais mencionados anteriormente. A segunda geração foi lançada em 2008. O modelo ganhou um design mais arrojado, com linhas mais fluidas. A motorização 1.4 fora mantida e um novo motor mais potente, 1.5, foi introduzido na linha do modelo. A transmissão automática CVT, sucesso de público e crítica, foi trocada por uma convencional de 5 marchas, o que não agradou o mercado.

Por sua robustez mecânica, não há como afirmar que o Fit possua defeitos mecânicos crônicos. Mas, como já são carros com certa idade, vale a pena conferir o estado da transmissão automática e do motor em si, o que, a bem da verdade, é item de praxe na hora da compra de qualquer carro.

Terceira geração: o último suspiro de um ícone

Por fim, a terceira geração chegou em 2014, e se manteve até o apagar das luzes em 2021. Atualmente, é a com maior oferta de unidades no mercado de seminovos. O design foi revisto mais uma vez. Suas linhas são um tanto polêmicas, com faróis estreitos e lanternas esticadas verticalmente, mas nada grave. Nessa geração, o único motor disponível é o 1.5, com a volta da transmissão CVT.

Por dentro, o modelo também teve melhora de acabamento, ganhando itens como central multimídia, por exemplo. Nessa época, o Fit também deu origem ao seu irmão aventureiro, o WR-V, uma resposta da Honda ao crescimento dos SUVs no nosso mercado.

O fim da linha: por que o Honda Fit foi descontinuado?

Mas isso não foi suficiente para o longevo Fit. Além de não ter o apelo do frescor dos novos SUVs compactos, o modelo ganhou uma nova geração internacional, que o faria caro demais caso recebesse essa atualização. Além disso, o sucesso do HR-V, o SUV compacto da Honda, minou as chances de o Fit ganhar uma nova geração em nosso mercado.

Nada disso, porém, apaga o sucesso do Fit no mercado brasileiro. Ele é um dos carros mais acessíveis com transmissão automática disponíveis hoje para quem procura dar folga ao pé esquerdo. Tudo isso aliado a bons equipamentos, espaço interno, versatilidade e robustez mecânica. O Honda Fit é, definitivamente, um carro sem contra indicações.

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O Honda Fit pode ter sido descontinuado, mas sua confiabilidade, versatilidade e custo-benefício continuam fazendo dele uma excelente opção para quem busca um carro econômico e espaçoso. Se você está no mercado de seminovos, o Fit é, sem dúvida, uma aposta segura e que dificilmente vai te decepcionar.

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Por Cassio Cortes

Especialista Automotivo